Para clientes conservadores que gostam de estar tecnologicamente em cima do acontecimento mas que desesperam com disrupções nos modelos, o Série 5 da BMW responde perfeitamente.
A marca alemã lançou no mês de outubro a mais recente
criação, o i5, herdeiro dos modelos i3, i8, iX3, i4, iX1 e i7.
Como se vê faltava aquele que pode ser um sucesso de
vendas no mercado empresarial.
Comecemos pelo preço que arranca nos 62.500 euros para
a motorização a gasolina e passando pelos 77 mil euros
para a versão elétrica, enquadrando-se nos valores para
as deduções fi scais mas, para os mais sortudos o topo de
gama, o i5 M60 xDrive vai aos 116.500 euros, a que acresce
tudo o que não for de série. A nível de motorização elétrica
o veículo base é o eDrive40 com 340 cv de potência,
de 430 Nm, permitindo uma aceleração dos 0 aos 100
km/h em seis segundos e uma velocidade máxima de 193
km/h. A autonomia é de 570 km, o que contrasta com os
515 km do irmão mais potente, sendo que estas autonomias
podem estender-se desde que se opte por limitação
nas prestações. O carregamento ultra-rápido admite uma
potência máxima de 205 kW, ou seja, serão necessários 30
minutos para recuperar 80% da carga (claro que o custo
deste carregamento é elevado). A versão mais potente, o
M60 xDrive tem uma velocidade máxima de 230 km/h e
o arranque dos 0 aos 100 km/h é feito em 3,8 segundos.
Mas para clientes conservadores o que tem o
novo i5? Antes de mais é a eletrifi cação que
tem como pecado o facto de não ter
uma plataforma de origem na sua
construção, o que prejudica
ligeiramente o
interior, nomeadamente o conforto para o terceiro passageiro
do banco traseiro e obriga ainda a uma ligeira redução
da volumetria da bagageira. Àparte disso este é um
carro espetacular que estando na oitava geração cresceu
relativamente ao anterior modelo e atinge um comprimento
de 5,06 metros, mais 9,7 centímetros que o anterior
modelo, e ganhou 3,6 centímetros em altura. E para
quem optar pelo teto panorâmico fi xo há uma novidade
que revela a preocupação de conforto: a cortina passou a
ser arrumada na parte da frente do tejadilho. No exterior
a beleza impera com a nova assinatura luminosa em LED
e que envolve toda a moldura da grelha e na traseira foram
redesenhados os farolins que fi caram mais estilizados. As
saias pretas criam a sensação de que estamos perante um
carro com vertente desportiva que “agarra” melhor a estrada.
No interior a marca insistiu na pele vegana, ou seja,
os modelos de série evitam as pelas verdadeiras que, no
entanto, existem para quem quiser pagar a diferença. A
nível tecnológico verifi ca-se uma preocupação suplementar.
Tal como dissémos no início o cliente BMW gosta de
tecnologia mas não de disrupção, ou seja, a adaptação às
novas soluções deve ser feita por etapas. E, por isso, a marca
alemã lançou o BMW Curved Display, a junção de dois
grandes ecrãs, um com os instrumentos e outro com todas
as soluções de multimédia. Claro que alguém irá perguntar
se não será preciso fazer um curso avançado para
chegar a determinadas funções e a BMW respondeu antecipamente
que existe o sistema QuickSelect que tal como
o nome indica, permite o acesso a funções que o utilizador
deseje sem ter de ir a submenus. E para quem quer pagar
extras temos um pacote a nível de condução diferente
e que entre várias funções permite fazer uma
mudança de faixa de rodagem e posterior
ultrapassagem com um mero movimento
do condutor para o espelho retrovisor
a verifi car que existe segurança
para a manobra, para de seguida o
assistente ativo fazer a mudança de
faixa de rodagem de forma autónoma.
Também a pagar existem
outras soluções como o assistente
para estacionamento autónomo
através de um smartphone.
E depois temos todas as cores do
interior e exterior que a BMW
está a lançar e que são um verdadeiro
apelativo para adquirir
aquela que é a berlina de mais sucesso no mundo
da BMW. A marca sabe que a fi delização dos clientes
é crítica nas vendas e, por isso, mantém o ADN ao longo
dos últimos 50 anos neste veículo de sucesso.